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Agentes penitenciários mineiros integram Grupo de Intervenção nacional para atuar em situações de crise prisional no País

Aperfeiçoamento do trabalho e troca de experiências são os pontos mais importantes relatados por quem está há quase 60 dias vivendo longe da família e adquirindo experiências profissionais enriquecedoras

Agentes de segurança penitenciários de Minas Gerais estão levando o nome do Estado e a experiência adquirida nas unidades prisionais mineiras para compor o Grupo de Intervenção especial, criado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), para atuar em situações de crises prisionais. Dos 49 agentes penitenciários convocados pelo Depen, 15 são de Minas. O grupo também é formado por profissionais de Goiás, Tocantins, São Paulo, Alagoas, Bahia, Paraíba e Mato Grosso.

A experiência dos agentes longe de casa completa dois meses nos próximos dias. A troca de conhecimento e o aperfeiçoamento das táticas e técnicas de trabalho são os pontos mais enfatizados por quem está a 60 dias distante da família, vivendo temporariamente em terras brasilienses e cearenses. Isto porque o grupo que saiu de Minas se dividiu entre os que partiram para o Ceará e os que foram para a capital federal. 

Cinco agentes das unidades de Sebastião Satiro, Unaí, Montes Claros e do Comando de Operações Especiais (Cope) foram designados para atuar na crise instaurada no sistema prisional cearense no início do ano. A força tarefa exigiu dos agentes intervenção imediata nas unidades prisionais daquele estado, quando foram registrados graves ataques à população e uma sequência de crimes como queima de ônibus, veículos e ações de vandalismo contra órgãos públicos e privados.

Os agentes que estão no Ceará contam que o cenário encontrado no início do ano quando eles chegaram para a missão e o atual cenário são completamente distintos, quando comparadas as duas fases: antes e depois. “Há muito trabalho a ser realizado ainda. Contudo, verificamos um ganho de território diário, frente ao crime organizado, com a padronização da visitação e controle rígido para que não haja a entrada de ilícitos nas unidades. A meta é zerar todos os telefones celulares em posse dos internos e, para isso, são realizadas buscas diárias em todas as unidades prisionais”, disse Rodrigo Padilha, que integra a equipe.

Brasília - Roraima

Os profissionais cedidos ficam subordinados ao Ministério da Justiça, que se encarrega de equipar e treinar esses agentes aos moldes do grupamento federal da Força Nacional de Segurança Pública. Assim, o Depen pode mobilizar os agentes a qualquer momento para auxiliar em caso de grave crise no sistema prisional dos Estados. Este é o caso do recente deslocamento dos profissionais mineiros que estavam em Brasília para Roraima. 

Parte do grupo de dez agentes que foram para a capital federal foi deslocada para atuar na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, localizada em Boa Vista, que está sob intervenção federal desde outubro do ano passado. A então denominada Força Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) foi acionada para atuar na unidade prisional e, assim, os mineiros seguiram, no último sábado, 30.03, para a capital roraimense.

Segundo Edna Mara de Oliveira, agente mineira que compõe o grupo, num primeiro momento foi necessário remodelar a unidade prisional agrícola, que estava com a sua estrutura bastante danificada. 

“A FTIP está atuando juntamente com os agentes do estado de Roraima no ambiente interno da unidade, fazendo os trabalhos de contenção, manutenção da ordem e disciplina e nas ações preventivas para atender os quase 1.500 presos. A escolta e atividades extramuros é realizada por agentes do próprio estado”, diz a profissional que, em Minas, atua no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte.

Qualificação profissional

Quando voltarem para casa, os agentes trarão na bagagem muito conteúdo para que possam ser os multiplicadores para os demais agentes do sistema prisional mineiro. Quem faz parte da tropa que está em missão participa de diversos cursos ofertados pelo Grupo de Ações Especiais Penitenciárias (GAEP) do Depen.

Na chegada do grupamento à Brasília foi realizado um alinhamento com todos os 49 agentes da missão. Além disso, foram realizados treinamentos intensivos sobre técnicas de intervenção; técnicas de uso de tecnologias menos letais; manuseio e operação com pistola, espingarda calibre 12, carabina IA-2 556; defesa pessoal; retenção e contra retenção; treino físico operacional; algemação; escolta, reação a ataques e imobilização tática. Também são ofertadas palestras voltadas para o gerenciamento de crise e uso progressivo da força.

Os agentes também tiveram treinamento com profissionais do Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil de Brasília e do Grupo de Intervenção Rápida de São Paulo.

Para Talison de Campos Santos, da Penitenciária Agostinho de Oliveira Júnior, esta é uma experiência profissional única. “Aprendemos as doutrinas aplicadas em cada estado participante, os seus diferentes procedimentos e compartilhamos as dificuldades que cada estado passa. É uma troca de informações importante que ajudará cada vez mais a profissionalizar o Estado de Minas Gerais”, diz. 

Rogério de Campos Ramos, integrante do Cope, deixou em Minas quatro filhos. A saudade é grande, mas para ele, missão dada é missão cumprida. “Aqui em Roraima há agentes de outros estados que estão longe de casa desde outubro de 2018. Quando nos acionaram para missão sabíamos que o prazo inicial de 90 dias poderia ser prorrogado. Vamos honrar o nosso compromisso. Se houver necessidade de ficar mais tempo temos que cumprir a missão e representar o estado de Minas e a nossa classe da melhor maneira possível. Como sempre dizemos: Vá e Vença!

Unidades prisionais representadas:

Partiram para as missões agentes do Presídio Sebastião Satiro; Penitenciária Agostinho de Oliveira Júnior; Presídio Regional de Montes Claros; Presídio de Nova Era; Presídio de Teófilo Otoni; Presídio de São Lourenço; Presídio Professor Jacy de Assis; Complexo Penitenciário feminino Estevão Pinto e Comando de Operações Especiais.

Por: Flávia Santana

Fotos: Divulgação Seap

 

Agentes de segurança penitenciários de Minas Gerais estão levando o nome do Estado e a experiência adquirida nas unidades prisionais mineiras para compor o Grupo de Intervenção especial, criado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), para atuar em situações de crises prisionais. Dos 49 agentes penitenciários convocados pelo Depen, 15 são de Minas. O grupo também é formado por profissionais de Goiás, Tocantins, São Paulo, Alagoas, Bahia, Paraíba e Mato Grosso.

A experiência dos agentes longe de casa completa dois meses nos próximos dias. A troca de conhecimento e o aperfeiçoamento das táticas e técnicas de trabalho são os pontos mais enfatizados por quem está a 60 dias distante da família, vivendo temporariamente em terras brasilienses e cearenses. Isto porque o grupo que saiu de Minas se dividiu entre os que partiram para o Ceará e os que foram para a capital federal.

Cinco agentes das unidades de Sebastião Satiro, Unaí, Montes Claros e do Comando de Operações Especiais (Cope) foram designados para atuar na crise instaurada no sistema prisional cearense no início do ano. A força tarefa exigiu dos agentes intervenção imediata nas unidades prisionais daquele estado, quando foram registrados graves ataques à população e uma sequência de crimes como queima de ônibus, veículos e ações de vandalismo contra órgãos públicos e privados.

Os agentes que estão no Ceará contam que o cenário encontrado no início do ano quando eles chegaram para a missão e o atual cenário são completamente distintos, quando comparadas as duas fases: antes e depois. “Há muito trabalho a ser realizado ainda. Contudo, verificamos um ganho de território diário, frente ao crime organizado, com a padronização da visitação e controle rígido para que não haja a entrada de ilícitos nas unidades. A meta é zerar todos os telefones celulares em posse dos internos e, para isso, são realizadas buscas diárias em todas as unidades prisionais”, disse Rodrigo Padilha, que integra a equipe.

 

Brasília - Roraima

 

Os profissionais cedidos ficam subordinados ao Ministério da Justiça, que se encarrega de equipar e treinar esses agentes aos moldes do grupamento federal da Força Nacional de Segurança Pública. Assim, o Depen pode mobilizar os agentes a qualquer momento para auxiliar em caso de grave crise no sistema prisional dos Estados. Este é o caso do recente deslocamento dos profissionais mineiros que estavam em Brasília para Roraima.

Parte do grupo de dez agentes que foram para a capital federal foi deslocada para atuar na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, localizada em Boa Vista, que está sob intervenção federal desde outubro do ano passado. A então denominada Força Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) foi acionada para atuar na unidade prisional e, assim, os mineiros seguiram, no último sábado, 30.03, para a capital roraimense.

Segundo Edna Mara de Oliveira, agente mineira que compõe o grupo, num primeiro momento foi necessário remodelar a unidade prisional agrícola, que estava com a sua estrutura bastante danificada.

“A FTIP está atuando juntamente com os agentes do estado de Roraima no ambiente interno da unidade, fazendo os trabalhos de contenção, manutenção da ordem e disciplina e nas ações preventivas para atender os quase 1.500 presos. A escolta e atividades extramuros é realizada por agentes do próprio estado”, diz a profissional que, em Minas, atua no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte.

Qualificação profissional

Quando voltarem para casa, os agentes trarão na bagagem muito conteúdo para que possam ser os multiplicadores para os demais agentes do sistema prisional mineiro. Quem faz parte da tropa que está em missão participa de diversos cursos ofertados pelo Grupo de Ações Especiais Penitenciárias (GAEP) do Depen.

Na chegada do grupamento à Brasília foi realizado um alinhamento com todos os 49 agentes da missão. Além disso, foram realizados treinamentos intensivos sobre técnicas de intervenção; técnicas de uso de tecnologias menos letais; manuseio e operação com pistola, espingarda calibre 12, carabina IA-2 556; defesa pessoal; retenção e contra retenção; treino físico operacional; algemação; escolta, reação a ataques e imobilização tática. Também são ofertadas palestras voltadas para o gerenciamento de crise e uso progressivo da força.

Os agentes também tiveram treinamento com profissionais do Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil de Brasília e do Grupo de Intervenção Rápida de São Paulo.

Para Talison de Campos Santos, da Penitenciária Agostinho de Oliveira Júnior, esta é uma experiência profissional única. “Aprendemos as doutrinas aplicadas em cada estado participante, os seus diferentes procedimentos e compartilhamos as dificuldades que cada estado passa. É uma troca de informações importante que ajudará cada vez mais a profissionalizar o Estado de Minas Gerais”, diz.

Rogério de Campos Ramos, integrante do Cope, deixou em Minas quatro filhos. A saudade é grande, mas para ele, missão dada é missão cumprida. “Aqui em Roraima há agentes de outros estados que estão longe de casa desde outubro de 2018. Quando nos acionaram para missão sabíamos que o prazo inicial de 90 dias poderia ser prorrogado. Vamos honrar o nosso compromisso. Se houver necessidade de ficar mais tempo temos que cumprir a missão e representar o estado de Minas e a nossa classe da melhor maneira possível. Como sempre dizemos: Vá e Vença!

Unidades prisionais representadas:

Partiram para as missões agentes do Presídio Sebastião Satiro; Penitenciária Agostinho de Oliveira Júnior; Presídio Regional de Montes Claros; Presídio de Nova Era; Presídio de Teófilo Otoni; Presídio de São Lourenço; Presídio Professor Jacy de Assis; Complexo Penitenciário feminino Estevão Pinto e Comando de Operações Especiais.

DEPEN - Departamento Penitenciário de Minas Gerais
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