Iniciativa fortalece políticas públicas de qualificação profissional de detentos e fomenta empregabilidade
O Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e o Instituto Minas pela Paz assinaram, nesta quarta-feira (29), um termo de parceria voltado à execução de ações conjuntas para promover o direito de acesso de homens e mulheres presos à capacitação técnica, à formação profissional e oportunidade de trabalho. A iniciativa contribui para a reintegração social e inserção no mercado.
Detentos de cerca de 30 unidades prisionais serão beneficiados com diferentes cursos de capacitação, como, por exemplo, confecção têxtil, fabricação de vassouras, absorventes, fraldas e chinelos. Além da possibilidade de trabalhar em pequenas fábricas já instaladas em unidades prisionais em diversas regiões do estado.

O diretor-geral do Depen-MG, Leonardo Badaró, considera a assinatura desta parceria um momento histórico para o Governo de Minas, pois é um investimento significativo na qualificação profissional, tanto por meio do ensino quanto do trabalho. “As atividades de trabalho e ensino são uma realidade em Minas Gerais há muito tempo, inclusive somos uma referência nacional. Esse projeto veio para potencializar essas atividades”, reforça o diretor-geral.
No momento da assinatura do termo, Leonardo Badaró, destacou que o estado tem aproximadamente 18 mil presos em atividades laborais, número maior que a população carcerária de 17 estados brasileiros.
O Instituto Minas pela Paz começa as atividades estabelecidas no Termo de Parceria no primeiro semestre de 2026, cuja vigência é de cinco anos. A implementação do programa de trabalho tem o valor estimado de R$ 80.302.964,80.
Benefícios
A diretora coordenadora do Instituto Minas pela Paz, Rosana Chaves, salienta a missão da entidade na parceria: “Nosso ideal é contribuir para a reinserção da população prisional no mercado de trabalho. Vamos trabalhar para que essas pessoas presas tenham uma expectativa de vida diferente, no presente e no futuro”, reforça.

O estabelecimento da parceria vai proporcionar, também, o fortalecimento das políticas de reintegração social das pessoas privadas de liberdade, o aumento da rede de cooperação interinstitucional, a ampliação das instalações de produção existentes nas unidades prisionais e o cumprimento das diretrizes nacionais de promoção do trabalho e da educação no sistema prisional.
Texto: Bernardo Carneiro
Fotos: Tiago Ciccarini


