14 presos da unidade participam do treinamento; capacitados receberão certificados e estarão aptos a trabalhar neste mercado de trabalho, considerado de alta empregabilidade
Cursos profissionalizantes garantem qualificação, além de promover a esperança de uma vida diferente em quem vai deixar a prisão. No Presídio de Andradas, localizado no Sul de Minas, não seria diferente. Quatorze detentos da unidade estão participando de um treinamento para se qualificarem como Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão.
O curso que teve início em 16 de maio, se estenderá até o dia 15 de julho e conta com carga horária de 160 horas. Eletricidade básica, projetos elétricos residenciais, instalação elétrica residencial/industrial, ligação de motores elétricos, normas de segurança, além da disciplina "Projeto de Vida: ética moral, auto valorização, trabalho em equipe e metas" são alguns dos conteúdos que estão sendo trabalhados. As aulas acontecem de segunda a quinta-feira, sempre no turno da tarde.
Lucas Lopes, 30 anos, é um dos participantes e destaca a importância da ação. “É uma oportunidade de se ter uma nova vida lá fora, uma profissão e, assim, não voltar para a criminalidade. Estou gostando bastante”, conta empolgado.
O curso é fruto de uma parceria firmada entre o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), por meio da Diretoria de Ensino e Profissionalização, e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IFSULDEMINAS). O Instituto é o responsável por ministrar as aulas e emitir a certificação aos alunos. Ao todo, 984 detentos de diversas unidades prisionais e Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) do Estado receberão as capacitações em nove cursos de fácil empregabilidade profissional, tais como vendedor, almoxarife, padeiro, entre outros.
Participam detentos matriculados nas escolas das unidades e que frequentam as aulas de educação básica, Ensino Fundamental ou Médio. O recurso investido é oriundo do Ministério da Educação. “Este tipo de qualificação possibilita aos indivíduos privados de liberdade uma oportunidade no mundo do trabalho dentro e fora da unidade, além de a educação ser fundamental para a ressocialização”, conclui o diretor do Presídio de Andradas, Willian Steve.
Texto: Lara Nassif
Fotos: Divulgação Sejusp