Animais são filhotes de cães operacionais do Presídio Antônio Dutra Ladeira e três dos oito terão nomes escolhidos por enquete pública
Cinco de oito filhotes da raça de pastor-alemão nascidos no Grupo de Operações com Cães (GOC) do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, foram remanejados para diferentes unidades prisionais do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen MG). Os cães são filhotes de dois dos animais da unidade: Safira e Torúh, que atuam dentro de ações de segurança, busca e revista.
Três dos filhotes permanecerão no próprio presídio, dando continuidade à linhagem de cães policiais e ao trabalho e treinamento já desenvolvidos no local. Os demais foram destinados aos GOCs do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, da Penitenciária de Três Corações, do Presídio Regional de Montes Claros, da Penitenciária José Edson Cavalieri, em Juiz de Fora, e do Presídio Promotor José Costa, em Sete Lagoas, onde serão treinados para fazer parte das unidades e reforçar o trabalho das equipes especializadas.
Atualmente, a Policia Penal conta com 233 cães, em 37 canis sob supervisão de 297 agentes cinotécnicos em Minas Gerais. Durante o processo de treinamento, nos meses iniciais de vida, cada cão tem um policial penal cinotécnico designado, que fica responsável pelo seu treinamento e cuidado durante toda a sua trajetória de serviço, que vai dos dois meses até cerca de oito anos, quando se aposentam. O remanejamento dos animais, por sua vez, é de responsabilidade da Diretoria de Segurança Interna do Depen-MG, que já distribuiu aos canis do estado três gerações de animais, compostas por 55 cães de sete linhagens diferentes, desde 2019.
Canil Central
O GOC de Ribeirão das Neves é conhecido como Canil Central por desenvolver um trabalho voltado para o melhoramento genético dos cães, que traz economia para o estado e mapeia o fluxo gênico dos animais, de forma que os animais surgidos das reproduções sejam capazes de suprir as necessidades dos trabalhos de todo o Departamento Penitenciário. Na unidade, bem como em todas as demais de Minas Gerais, são treinados e criados pastores alemães, rottweilers, pastores belga malinois e pastores holandeses, que reforçam a segurança das atividades rotineiras e auxiliam na organização do presídio.
O coordenador do Grupo de Operações com Cães da Polícia Penal de Minas Gerais, Ivo Martins, classifica os cães como parceiros operacionais dos policiais penais. “Os animais são fundamentais em ações de revista, atuam nas varreduras em unidades prisionais e na contenção de atividades de intervenção prisional”, complementa.
Escolha dos nomes
Para aproximar ainda mais o público da rotina dos canis, estão sendo realizadas enquetes para a escolha dos nomes dos três filhotes que permanecem no Presídio Antônio Dutra Ladeira. Por votação aberta, os três filhotinhos, que têm pouco menos que dois meses de vida, ganharão nomes, incentivando o vínculo e apoio do público geral aos trabalhos do GOC, decisão que aproxima a população do processo de criação dos animais e das atividades realizadas internamente pelos policiais penais da equipe. Entre em nossos stories e vote agora: https://www.instagram.com/depenmg.
“O Grupo de Operações com Cães (GOC) é fundamental para o fortalecimento da disciplina e da segurança no sistema prisional. Os cães ampliam a capacidade operacional das equipes e se tornam parte essencial das ações de revista, contenção e prevenção de ilícitos nas unidades”, explica o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, Rogério Greco.

Texto: Ana Carolina Costa
Fotos: Victor Laia
Fotos: Victor Laia