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Operação K9 fecha duas primeiras etapas com apreensão de 145 pontos de drogas K

Trabalhos de repressão e de prevenção estão sendo realizados para impedir a entrada de ilícitos nas unidades prisionais do estado

As duas etapas da Operação K9, deflagrada pela Polícia Penal de Minas Gerais nesta semana, resultaram na apreensão de 145 pontos de drogas sintéticas da família K, além de outros ilícitos, incluindo dois rolos de papel higiênico que continham as iniciais da letra K. O trabalho da Polícia Penal, em duas etapas de uma operação pente-fino, busca retirar qualquer indício da droga de dentro das unidades prisionais do estado.

 

Além dos pontos de drogas K, principal alvo da operação, a ação de 250 policiais penais e de 12 cães do grupamento especializado permitiram a apreensão de 18 celulares, 14 carregadores, 9 fones de ouvido, 37 porções de substância semelhante a maconha, 13 de cocaína e 11 de crack. Um dos destaques foi o cão Fergus, que participou da operação e sinalizou algo em uma das paredes de uma cela repetidamente. Os policiais penais quebraram a estrutura e encontraram um aparelho celular. Fergus também foi o responsável pela apreensão dos rolos de papel higiênico suspeitos. Além de Fergus, Aquilles, Holt, Thanus e Escuridão também foram alguns dos operadores caninos fundamentais para o sucesso das duas etapas da Operação K9.

“Esse tipo de operação é elaborada com antecedência e requer um trabalho que envolve a expertise de muitos policiais penais, além dos nossos grupamentos especializados. Entrar em unidades do porte do Presídio Antônio Dutra Ladeira e do Presídio Inspetor José Martinho Drumond requer técnica operacional. É preciso retirar todos os presos das celas e colocá-los no pátio, para que depois possamos revistar cada uma das celas. Os 250 policiais penais envolvidos nas duas etapas fizeram um excelente trabalho”, enfatizou o diretor-geral do Departamento Penitenciário, Leonardo Badaró.

 

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, acompanhou uma das etapas e enfatizou que os próprios custodiados já estão temerosos quanto à agressividade da droga K. “Temos informações de Inteligência que revelam a recusa dos próprios presos em querer agora esse tipo de droga circulando nas unidades”, disse Greco.

Prevenção e Conscientização

No primeiro sinal de óbito por suposta overdose de drogas K, a direção do Presídio Antônio Dutra Ladeira, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, elaborou uma cartilha e iniciou um trabalho extenso de conscientização com todos os custodiados da unidade. Desde então, nenhum novo óbito foi registrado.

 

Mais de 21 mil pontos de drogas K já foram apreendidos de janeiro do ano passado até março deste ano. Somente em 2024 – dados até março – foram 9.247 pontos da droga apreendidos pelos policiais penais em todo o estado. A operação destes últimos dois dias é mais uma ação do sistema prisional para enfrentar a circulação deste tipo de droga nas unidades prisionais do estado. O Depen-MG registrou recentemente óbitos que estão sob investigação e que geraram suspeitas de uso excessivo da droga.

Texto: Flávia Santana

Fotos: Tiago Ciccarini

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