Detentos trabalham dentro da unidade prisional. A previsão é aumentar o espaço das atividades e selecionar mais mão de obra para os serviços
As unidades prisionais administradas pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) têm sido cada vez mais procuradas pela iniciativa privada, para firmar termos de parceria de mão de obra carcerária. Foi o que aconteceu no Presídio de Varginha, no Sul de Minas, com a multinacional de peças automotivas Magneti Marelli, cujas atividades empregando a mão de obra de presos começaram na última semana.
Por enquanto, são três presos trabalhando em uma sala do presídio. Eles cuidam de embalar as peças do Centro de Distribuição da empresa, que funciona no porto seco do município de Varginha. Mas tudo indica que, em breve, será necessário um espaço maior e mais presos.
“Estamos muito otimistas com esta parceria, pois a Marelli é uma empresa conceituada no mercado. O fato de termos sido procurados significa um bom nível de confiança atingido pelo Depen, em relação à humanização e à classificação dos presos para as atividades laborais”, analisa o diretor do Presídio de Varginha, Fredson Ferreira.
Os presos trabalham de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Receberão o benefício da remissão de pena, ou seja, para cada três dias trabalhados, um a menos na pena; 3/4 do salário mínimo; e uma cesta básica por mês, que poderá ser retirada por um parente devidamente cadastrado e autorizado pela direção da unidade prisional. O termo de parceria de mão de obra carcerária foi assinado pelo período de um ano, mas pode ser renovado a cada 12 meses.
Texto: Bernardo Carneiro
Fotos: Divulgação Sejusp