Graças ao Acordo de Cooperação Técnica celebrado entre a Secretaria de Estado de Administração Prisional (SEAP) e a Superintendência Regional da Polícia Federal no dia 19 de dezembro de 2017, foram entregues nesta quarta-feira, 10.01, os equipamentos para realizar a identificação datiloscópica dos presos no Estado de Minas Gerais. O kit é composto por um notebook e um leitor biométrico do tipo rolado, dispositivos que possuem uma captura maior da impressão digital por meio da captura da imagem gerada pela rolagem do dedo no leitor.
As primeiras unidades prisionais a começarem receber o cadastro são o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, os Ceresp’s de Belo Horizonte, Contagem e Betim, além do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, também em Contagem. A proposta é recadastrar toda a população carcerária do estado e cruzar os dados biométricos dos sistemas utilizados pela SEAP com os novos registros que serão colhidos para o sistema da Policia Federal, o que vai reduzir de forma significativa as inconsistências.
Segundo o diretor da Diretoria de Sistema de Informação da SEAP (DSM), Márcio José da Silva, entre os benefícios que a nova tecnologia de recadastro vai proporcionar, destaca-se a real identificação do indivíduo, diferentemente do atual sistema utilizado, que apenas confirma uma digital cadastrada. “Com o novo cadastro biométrico e o compartilhamento de dados com a Polícia Federal, situações como falsidade ideológica, identificações duplicadas ou mesmo presos foragidos que já faleceram e continuam nas bases de dados, serão identificadas e sanadas com maior rapidez e confiabilidade”.
O diretor da DSM explica que as novas informações poderão ser consultadas no Sistema Integrado de Gestão Prisional (SIGPRI), no próximo módulo de consulta que está sendo desenvolvido. “Compartilharemos os dados dos presos sob custódia da SEAP para o sistema AFIS (Automated Fingerprint Indetification System), utilizado pela Polícia Federal, e esta base de dados estará disponível no SIGPRI, o que representa acesso a informações mais completas e que envolvem outras instituições federais”.
Por Rangel Oliveira
Crédito fotos: Dirceu Aurélio
