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Sistema prisional forma agentes pilotos de drones para atuarem no monitoramento aéreo das unidades

O equipamento do Complexo Penitenciário Nelson Hungria é capaz de realizar filmagens noturnas que podem ser acompanhadas em tempo real por meio de um celular ou tablet.

Agentes de segurança do Complexo Penitenciário Nelson Hungria (CPNH), localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte, concluíram o curso de Operador de Aeronaves Remotamente Pilotadas, oferecido pelo Comando de Aviação do Estado, da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Nesta capacitação o sistema prisional teve quatros agentes de segurança penitenciários formados e que agora estão aptos a operar um equipamento que irá reforçar a segurança de um dos complexos penitenciários mais importantes do Estado. A expectativa é que mais turmas sejam formadas como novos agentes e que o trabalho desenvolvido no CPNH seja replicado para demais unidades prisionais.

A formação foi realizada durante 21 dias divididos em duas etapas, sendo a primeira parte realizada a distância e a segunda presencial, com carga horária de 49h/aula. Os agentes de segurança penitenciários estão habilitados a operar o drone que foi doado à unidade prisional pela Vara de Execuções Penais de Contagem. O voo inaugural sob o CPNH foi realizado na última quinta-feira (1/7). Agora, os monitoramentos aéreos que irão complementar as ações de segurança terrestres poderão ser realizados tanto no período diurno quanto noturno, já que o equipamento permite as filmagens com ausência de iluminação e podem ser acompanhadas em tempo real por meio de um tablet ou celular.

A câmera do drone possui sensores que conseguem captar assinaturas de calor, ou seja, criar uma representação visível da temperatura de um objeto ou pessoa, mesmo à distância. Essa característica do equipamento aliada às patrulhas noturnas periódicas pode identificar e inibir de forma mais eficiente as possíveis tentativas de fuga ou ameaças externas.

calor

Alison dos Santos é um dos servidores que concluíram o curso e explica que a formação é específica para atuações relacionadas à segurança pública e que a utilização do equipamento no ambiente prisional é algo inédito no Estado de Minas Gerais. “O curso, além de muito importante, é muito interessante, pois abordou toda a legislação relacionada ao uso dessas aeronaves, bem como os riscos e as vantagens que o equipamento oferece. Ainda estamos estudando a adequação e todos os usos possíveis para o ambiente prisional, mas podemos afirmar que a monitoração aérea periódica, inclusive no período noturno, tende a proporcionar um aumento na segurança do complexo”.

Os voos são realizados sempre em equipe de no mínimo duas pessoas, sendo um operador e um observador, que alerta acerca de obstáculos e trajetória do drone. O agente de segurança penitenciário Charley Soares de Lima explica que, apesar de pequeno, o aparelho possui dispositivos e tecnologia capaz de identificar aeronaves no espaço aéreo local, transmitindo dados como altitude e velocidade. “Outro dispositivo que pode ter uma utilização prática no ambiente prisional é o alto falante que pode ser usado para efetuar comandos aos internos em uma situação de indisciplina no pátio, por exemplo”.

Concluíram o curso de Operador de Aeronaves Remotamente Pilotadas os servidores Alison Vinicius Dos Santos, Alan Dias Avelino, Charley Soares de Lima e Rogerio Vital de Oliveira.

Por Rangel de Oliveira

Fotos: Arquivo/Sejusp

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