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Mutirão Odontológico no Presídio São Joaquim de Bicas II atende 236 custodiados em primeiro dia

Parceria entre administração penitenciária, PNAISP e instituição de ensino leva saúde e dignidade aos reeducandos

Em uma iniciativa voltada para a saúde e a humanização do sistema prisional, o Presídio São Joaquim de Bicas II, vinculado à 1ª Região Integrada de Segurança Pública (RISP), deu início a um mutirão de atendimento odontológico na terça-feira (09/09).

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A ação, realizada em parceria com o Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional (PNAISP) local e a Faculdade Anhanguera, tem como objetivo principal avaliar as necessidades de prótese dentária da população custodiada.

No primeiro dia de atividades, 236 indivíduos passaram por avaliação, que focou em identificar dificuldades de mastigação e fonética, além de classificar o grau de necessidade para a confecção de prótese. A meta do mutirão é estender o atendimento a todos os detentos da unidade, com atividades programadas para continuar ao longo dos meses de setembro e outubro.

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A iniciativa reforça o compromisso da administração penitenciária em promover a reinserção social e melhorar a qualidade de vida das pessoas privadas de liberdade.

Texto: Ana Paula Drumond Guerra
Fotos: Divulgação/Sejusp

Presídio José Abranches Gonçalves, em Ribeirão das Neves, forma primeira turma de meliponicultores

Com aulas práticas e certificação, detentos saem da unidade prisional qualificados para ingressar no mercado de trabalho formal como produtores de mel.
O Presídio José Abranches Gonçalves, em Ribeirão das Neves, deu mais um passo em sua estratégia de ressocialização de detentos por meio do trabalho, do contato com a natureza e de práticas sustentáveis. A unidade iniciou nesta semana o segundo módulo de seu projeto de agroecologia, desta vez dedicado ao cultivo de abelhas nativas sem ferrão: a meliponicultura.
 
Em parceria com o Conselho da Comunidade de Ribeirão das Neves, o projeto terá um ano de duração, dividido em quatro módulos. O módulo atual, que é o segundo, foi iniciado na terça-feira (2/9) e terá três meses de duração, com foco em ensinar os fundamentos da agricultura sustentável por meio do cultivo de abelhas sem ferrão.
 
 
As aulas, realizadas às terças-feiras dentro da própria unidade prisional, mesclam teoria e prática. Elas são ministradas pelo agroecólogo Bernardo Serqueira, do Conselho da Comunidade, e contam atualmente com a participação de nove custodiados.
 
Para o diretor-geral da unidade prisional, Luiz Henrique Rosa, a iniciativa representa muito mais que um aprendizado técnico. “É uma importante oportunidade de ressocialização, de contato com a natureza e de prática sustentável”, avalia. 
Produção
 
Durante o módulo atual, o aprendizado será aplicado de forma prática, possibilitando a produção de mel e outros derivados pelos detentos que participam da atividade. As produções realizadas ao longo do projeto serão destinadas a instituições filantrópicas, parceiras da unidade prisional. 
 
 
O preso Natanael Teixeira Bueno, 28 anos, é um dos participantes. Ele destaca que sua expectativa é de que a ação impactará sua vida de forma positiva, quando deixar a unidade “Eu não tinha ideia de que era possível produzir mel desta forma. Isso me surpreendeu. Pretendo colocar essa técnica em prática assim que conquistar meu alvará de soltura. Sou do interior e vejo nisso uma boa oportunidade de trabalho”, afirma. 
 
"Neste projeto, o foco é resultado. O trabalho com as abelhas gera um produto tangível, demostrando que o esforço dentro do sistema prisional pode ter um impacto positivo fora dele. Essa é a verdadeira reinserção: transformar o tempo ocioso em qualificação, criando cidadãos produtivos que, em liberdade, contribuirão com a sociedade", avalia o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco.
 
Próximos módulos 
 
O projeto é composto por quatro módulos. O primeiro, já concluído, abordou os princípios básicos da agroecologia, o cultivo de hortas em sistema agroflorestal e a implantação de linhas e mudas. Com a finalização do segundo módulo (o atual), terá início o terceiro, dedicado à agricultura sintrópica e seus cinco pilares: alta densidade, alta biodiversidade, cobertura do solo com matéria orgânica, sucessão natural e estratificação. No quarto e último módulo, os participantes serão desafiados a projetar e desenvolver sua própria unidade agroflorestal.
 
 
 
O diretor regional da 2ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), Renato Rabelo, cuja sede fica em Ribeirão das Neves, reforça que iniciativas como essa são uma prioridade na unidade. “O trabalho dos custodiados é fundamental para consolidar a ressocialização. Ele oferece qualificação profissional e amplia significativamente as chances de geração de renda após o cumprimento da pena”, afirma.
 
Texto: Lara Nassif 
Fotos: Divulgação Sejusp
Departamento Penitenciário de Minas Gerais amplia monitoramento eletrônico no interior do estado

Município de Guaranésia já possui um Subnúcleo para instalação de tornozeleira eletrônica, realizando também a manutenção e retirada do dispositivo
 
O Governo de Minas inaugurou mais uma unidade responsável por fazer a instalação, manutenção e retirada de tornozeleiras eletrônicas no estado. Desta vez, a cidade contemplada foi Guaranésia, no Sudoeste mineiro. No presídio local, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp MG), por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), conta agora com um Subnúcleo de Monitoramento. Os policiais penais do novo equipamento são responsáveis pela admissão, manutenção e retirada de dispositivos de monitoração da 18ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp).
 
 
Como setor responsável pelo serviço de monitoramento dos dispositivos, a Diretoria de Gestão e Monitoramento Eletrônico (DME) vem se empenhando em ampliar o número de unidades, dar mais capilaridade ao sistema. O Núcleo Regional de Poços de Caldas, após instalar a nova unidade, por exemplo, agora passa a contar com dois subnúcleos ativos: Alfenas e Guaranésia. A inauguração amplia a capacidade de atendimento e garante maior proximidade com as demandas regionais, sendo responsável pelo acompanhamento de 538 monitorados na 18ª RISP.
 
 
Para o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, a criação do Subnúcleo em Guaranésia não apenas viabiliza a redistribuição das atividades, como também permite a otimização da logística dos atendimentos locais, reduzindo deslocamentos e assegurando maior celeridade nos procedimentos. “A expansão do monitoramento eletrônico demonstra nosso compromisso com a proteção às vítimas e com a segurança do estado. Essa estrutura permite respostas rápidas e precisas, sempre em estrita conformidade com a legislação”, avalia. 
 
Proteção
 
Atualmente, Minas Gerais contabiliza 9.399 monitorados sob gestão da DME, número que demonstra a relevância das ações para manter a segurança pública e a efetividade das medidas judiciais. Desse total, há 988 agressores incursos na Lei Maria da Penha.  O funcionamento deste subnúcleo contribui, também, para a proteção às vítimas com medida protetiva, além de ajudar na ressocialização do monitorado, como forma de promover justiça com responsabilidade social.
 
 
A diretora de Gestão e Monitoramento Eletrônico, Dênia Samione, reforça que essa ampliação representa um passo importante para a eficiência operacional. “A redução de custos logísticos e o fortalecimento do sistema de monitoramento eletrônico significam a consolidação das atribuições da DME”, analisa a diretora.
 
Texto: Bernardo Carneiro

Fotos: Divulgação Sejusp

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